sábado, 8 de agosto de 2009
NOTA À IMPRENSA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Sexta-feira, 31/07/2009, às 15h30
Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil
PRINCIPAIS DESTAQUES
O Boletim Epidemiológico produzido pelo Gabinete Permanente de Emergências do Ministério da Saúde e divulgado nesta sexta-feira (31), faz uma análise a partir da notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos pacientes infectados pelo vírus influenza A (H1N1) e que apresentaram, além de febre e tosse, dificuldade respiratória, ainda que moderada — quadro compatível com a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) — e dos grupos de risco para desenvolver formas graves da doença.
Entre os principais pontos observados no boletim, estão:
1. O nível de gravidade dos casos de influenza A (H1N1) e de gripe comum se mantém semelhantes (19% para a nova gripe e 18,5% para a gripe sazonal), reforçando a indicação de que a abordagem clínica para diagnóstico, tratamento e internação deve ser a mesma para os casos de síndrome gripal.
2. Também são semelhantes os principais sintomas apresentados pelos pacientes graves infectados por ambos os grupos de vírus.
3. Doenças respiratórias crônicas e gestação são os principais fatores de risco presentes nos casos de SRAG, tanto em pessoas infectadas pelo novo vírus como pela influenza sazonal.
4. Gestação, cardiopatias e hipertensão são os fatores de risco mais freqüentes entre os pacientes graves por Influenza A (H1N1) que evoluem a óbito.
5. As duas últimas evidências acima reforçam o protocolo de manejo clínico elaborado pelo Ministério da Saúde, e adotado por outros países, Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS), que inclui grávidas e pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias entre os grupos de risco que devem receber o tratamento até 48 horas após o início dos sintomas.
6. Em relação ao boletim anterior (24/7), o índice de pessoas com Influenza A (H1N1) que morreram em relação às que apresentavam algum grau de gravidade caiu de 12,8% para 10,3%.
7. Quem tem pelo menos um fator de risco e doença grave pelo novo vírus tem 3,46 vezes mais risco de morrer, quando comparado com o grupo de pessoas, também com doença grave pelo novo vírus, mas sem fator de risco. Essa evidência também reforça, de maneira cabal, o protocolo de manejo clínico elaborado pelo Ministério da Saúde, que orienta a priorização para os grupos com fatores de risco.
8. Dentre os vírus influenza que circulam atualmente no Brasil, permanece a proporção de 60% do tipo A (H1N1), observada no último boletim.
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